Seguidores

sábado, 29 de agosto de 2015

Dicas para alfabetizar



1. Atividades permanentes
São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem:

1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc.

2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc.

3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis.

4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor.

2. Sequências de atividades
São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto.

3. Projetos didáticos
São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD ou fita cassete com a leitura de poesias para alunos de Educação de Jovens e Adultos, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.
Avaliar sempre 

Contos da Tia Di ♥



A borboleta vaidosa


Essa história começa além do arco íris. Um dia há muito tempo atrás, num lindo jardim onde muitos bichinhos viviam felizes, apareceu um arco íris, três borboletas que voavam por ali curiosas quiseram descobrir o que havia no final do arco íris, e elas foram voando ate lá, Lili era a borboleta mais rápida das três e chegou bem antes das suas amigas, quando chegou lá, encontrou um potinho com pó mágico encantado, esse pozinho prometia que quem o usasse teria beleza eterna, seria a mais bela das criaturas. Lili jogou todo o pozinho em si mesma, enquanto suas amigas diziam:
_ Lili, deixe um pouco pra nós!
_ Lili não seja egoísta espere por nós!
Lili nem ouviu e usou todo o pó. Lili que já era linda ficou ainda mais encantadora. Suas amigas ficaram um pouco triste, mas a perdoaram de coração, afinal a amizade é mais importante. Mas Lili começou a mudar seu jeito. Por onde ela passava todos se encantavam com sua beleza. Os dias passaram e Lili teve uma ideia.  Olhando-se no espelho das águas exclamou:
_ Nossa! Sou tão linda! Não devia me misturar com esses bichos feinhos desse jardim. Acho que o jardim devia ser só meu, afinal ele é tão lindo quanto eu.
Lili, então, foi ao jardim e divulgou a notícia.
_ Pessoal, prestem bem atenção. A partir de hoje não quero ninguém feio em meu jardim...
_ Seu jardim? Exclamaram os bichinhos.
_ Sim. O jardim merece uma dona tão bela quanto ele.
Os bichinhos apesar de não concordarem, acabaram aceitando, pois gostavam muito de Lili. Querendo ser aprovados por Lili, os sapos resolveram perguntar a ela o que ela achava deles.
_ Lili, você acha que podemos ser amigos ainda? Perguntou Sapudo.
Lili olhou bem para eles e foi logo dizendo:
_ Quem? Nós? Nem pensar! Vocês são feios demais!
_ Mas Lili!? Sempre fomos amigos! Disse o sapo Cururu.
_ É sim, e você agora acha que somos feios!?
Lili apenas acenou com a cabeça reafirmando sua opinião. Os sapinhos foram para seu lago coaxando tristemente.
Então as abelhinhas cheias de coragem foram também perguntar a Lili se elas podiam ficar no jardim.
_ Lili, e nós, somos lindas não e!? Disse Melzinha.
_ Sim, veja nossas listrinhas nos deixam tão fofinhas! Exclamou Melani.
_ Fofinhas!? Deixam é gorduchas! Mais parecem duas lâmpadas!
As abelhinhas tristonhas voaram para sua colméia para fazer as malas. E partirem do jardim.
Os patinhos também queriam saber o que Lili diria deles, e foram ate ela perguntar. 
_ Lili, Lilizinha, há nesse jardim coisa mais fofinha que nós? Perguntou Patolino.
Lili olhou com cara de repúdio e respondeu:
_ Olha vocês não sabem nadar direito, não sabem andar direito, e nem voam direito, vocês são muito estranhos isso sim!
Os patinhos foram para o lago com tanta tristeza. Pobres patinhos!
Os gatinhos que tanto gostavam de brincar com Lili também foram saber o que essa borboleta danadinha pensava.
_ Lili, nós com esse pelo tão macio... Indagou Leleco.
_ Com esses olhos brilhantes... Completou Maneco.
_ Com todo nosso charme, somos tão bonitos quanto você, não é!? Perguntou Soneca.
_ Gatinhos vocês né!? Disse ironicamente Lili.
Os gatinhos miam de alegria.
_ Só que não! Vocês que soltam bolas de pelo pra todo lado. Ah saiam pra lá.
Os grilos cantantes, que cantavam para Lili dançar achando que Lili iria aprovar a presença deles logo foram perguntar.
_ Lili, você sabe que somos amigos, e muito fizemos por você. Disse Cantador.
_ Vai nos deixar ficar aqui nesse jardim não é!? Questionou Cantante.
_ Ah, por favor! Quem vocês pensam que são? Feios desse jeito, aqui não ficam não!
Os grilos foram tristes embora.
Os passarinhos que por ali passavam nem quiseram saber dessa conversa, chegaram a Lili e disseram:
 _ Olha Lili, você está muito chata. Reclamou Dourado.
_ Tá se achando a última Coca-Cola do deserto. Afirmou Pintado.
_ Nem quero saber de você, vou embora só por sua chatice. Continuou Galhardo.
E os passarinhos foram voar pelas redondezas. As joaninhas que também eram amigas de todos foram ate Lili e alertaram.
_ Olha Lili, você vai acabar sozinha. Alertou Lelé.
_ O mais importante não é a beleza e sim o que temos no coração. Completou Mila.
_ Ah, sai pra lá pintadinhas. Vocês nem entendem de beleza. Disse Lili com raiva.
As borboletas amigas de Lili também chegaram perto dela, mas antes de dizerem algo Lili foi logo falando.
_ Olha se vieram me chatear podem ir embora!
As borboletas foram voando para outro lado do jardim, bem longe de Lili.
Lili vivia dançando, linda sob o sol, até que de repente veio uma chuva forte e derrubou Lili no lago, com as suas asas molhadas não conseguia voar então começou a gritar por socorro.
_ Socorro...Socorro...
As joaninhas que por ali passavam pararam para ajudar, puxaram Lili de dentro do lago e colocaram na no seco, os passarinhos bateram fortes suas asas para secar as asas de Lili.
Ao ver o esforço e o carinho de seus amigos arrependeu-se de tudo o que fez, pediu desculpas e chamou todos para celebrar um novo tempo.
Agora Lili não se preocupa mais em ser a mais bela, apenas quer ser a amiga, aquela que ajuda e que apoia a todos. Para comemorar Lili organizou um baile de primavera e chamou todos para dançar.



autora: Indiara Suliene